segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Um pais que segrega até na formação profissional

PRODUTIVIDADE
E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL





Há muito tempo nosso pais despertou  para a necessidade de investir na educação profissional. Mas ainda cometemos sérios e danosos erros na sua implementação. 

De que eu estou falando? Do racismo institucional que segrega e nega educação profissional a 52% da população e mais de 60% da mão de obra disponível – os não brancos. Olhem para as fotos de fábrica, para os ônibus de empresa. 

A maior rede de educação profissional do Brasil chama-se cinco S – dentre eles o SENAI, uma das entidades mais seletivas e racistas do Brasil. É fácil contestar o que estou falando. De uma olhada nas salas de aula, nas salas dos professores e verão se tenho razão. Aqui me Parauapebas, além do  aluno pagar pelos cursos, nas provas de seleção eles tiram todos  que não convém. Persistem os brancos, geralmente classe média que não vão  pegar no batente.

Os realmente necessitados metem a mão no próprio bolso e pagam por cursos e treinamentos que os acolhem.

Insistir em dar formação profissional apenas para quem tem 2 grau é uma bobagem. Devem-se fornecer os dois se possível, nunca excluir quem não o tem.

O Brasil esta perdendo oportunidades para a China e outros países que mantém uma constante e séria política de formação de toda sua mão de obra disponível.

Agora mesmo, os navios sonda que seriam feitos no Brasil estão retornando aos estaleiros chineses. Motivo: a baixa qualificação e produtividade da mão de obra de brasileiros. Não demos conta de fazer no prazo os navios para a estatal e racista PETROBRAS.

É algo serio o que estou dizendo. A produtividade é baixa porque o peão brasileiro tem direitos demais e obrigações de menos. Não produzem o devido, na maioria das vezes com o fito de estender mais o tempo da obra e assim garantir seu emprego. É um país perverso, terrível demais.

Precisamos mudar as relações no Brasil. Precisamos enfrentar como grande divisor dos nossos problemas o racismo e o preconceito entranhado na cultura brasileira. Ao alijar os não brancos do processo, favorece-se a quase inanição de pessoas que não querem fazer este ou aquele trabalho.

Ou que na maioria das vezes não tem as ferramentas ou mesmo a necessidade. Conheço peões com 5ª serie e que são instrumentistas. Graças a documentos e “quem indica”, eles galgam postos e se impõe. Azar da produtividade e do Brasil.

Nós da EXCLUSIVA acreditamos na capacitação profissional e humana. Os homens não são iguais e ensejam tratamento humano. Há muitas diferenças que precisam ser abordadas e as chances devem ser oferecidas a todos, sem discriminação.


É para o  estado brasileiro e suas instituições pensarem.