sábado, 26 de março de 2016

Esta violencia precisa cessar.



Campeão de assassinatos, Brasil perde mais da metade dos seus jovens a cada ano-Atlas da Violência 2016

Publicado há 4 dias - em 22 de março de 2016 » Atualizado às 16:59
Categoria » Violência contra Mulher · Violência Racial e Policial






Mais de 10% dos assassinatos que acontecem anualmente no planeta são registrados exclusivamente no Brasil, que detém o título mundial de homicídios. É uma das conclusões do Atlas da Violência 2016, cujos dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Por Thiago de Araújo Do Brasil Post




Tomando por base os números oficiais de 2014, o documento aponta que 59.627 homicídios foram registrados no Brasil, o que torna o País o mais letal do mundo em número absolutos. A taxa de assassinatos aqui – 29,1 homicídios por 100 mil habitantes – é quase três vezes maior daquela que a Organização das Nações Unidas (ONU) classifica como ‘epidêmica’ (superior a 10 homicídios por 100 mil habitantes).

O levantamento – que se divide entre mortes em decorrência do uso de armas de fogo, violência policial, homicídios de afrodescendentes, mulheres e jovens –apresenta outro fato preocupante: sem em cidades brasileiras mais populosas se registraram as maiores quedas no número de assassinatos, nos municípios menores o índice subiu. Exemplificando, enquanto São Paulo teve uma queda de 65% entre 2004 e 2014, em Senhor do Bonfim (BA) o aumento de homicídios foi de 1.136%.

De acordo com os pesquisadores, o País vive uma “tragédia” com tamanho aumento da violência, distinta de dados já altos apurados entre 2004 e 2007 (de 48 mil a 50 mil homicídios) e de 2008 a 2011 (de 50 mil a 53 mil assassinatos). Tamanha violência causa reflexões para a diversas áreas sociais, como a saúde, e consolidam dinâmicas já conhecidas, como o fato de que homens jovens, em sua maioria negros, como as principais vítimas.

O Atlas da Violência 2016 mostra que aumentou em 18,2% a chance de um negro ser assassinado, ao passo que ocorreu uma redução de 14,6% na taxa de homicídios de pessoas brancas, amarelas e indígenas. No que chama de “questão da violência por raça” que “toma proporções inacreditáveis”, o estudo apresenta ainda um perfil etário dos que mais são vítimas de homicídio no Brasil.

Das mortes de homens na faixa etária de 15 a 29 anos, 46,4% são ocasionadas por homicídios. A situação fica ainda mais grave na análise dos assassinatos de homens com idade entre 15 e 19 anos: o indicador passa para 53%. Em 2014, para cada não negro que sofreu homicídio, 2,4 indivíduos negros foram mortos.

Considerando os assassinatos de mulheres em 2014, um total de 4.757 foram vítimas de mortes por agressão. O número equivale a 13 mulheres mortas por dia no País. Os três Estados com maiores taxas de letalidade contra as mulheres foram Roraima (9,5), Goiás (8,8) e Alagoas (7,3).

Aliás, entre os Estados a situação de Alagoas é a que mais preocupa, com taxa de 63 homicídios por 100 mil habitantes. No mesmo Estado há ainda a maior taxa de homicídio de negros (82,5), o que significa que, para cada não negro assassinado, outros 10,6 negros eram mortos. Na análise entre 2004 e 2014, seis Estados tiveram aumento no indicador acima de 100%, todos na Região Nordeste: Rio Grande do Norte (306%), Maranhão (209,4%), Ceará (166,5%), Bahia (132,6%), Paraíba (114,4%) e Sergipe (107,7%).

Já São Paulo é o Estado com maior redução na taxa de homicídios, com queda de 52,4% entre 2004 e 2014. Outros sete Estados apresentaram redução no indicador no mesmo intervalo: Rio de Janeiro (-33,3%), Pernambuco (-27,3%), Rondônia (-14,1%), Espírito Santo (-13,8%), Mato Grosso do Sul (-7,7%), Distrito Federal (-7,4%) e Paraná (-4,3%).

Armas de fogo
No que diz respeito aos homicídios por arma de fogo no Brasil há dois anos, eles respondem por 44.861 mortes, segundo o levantamento do Ipea e do FBSP. O indicador é bem superior aos 21%, que representam a média dos países europeus. A proporção caiu com a sanção do Estatuto do Desarmamento, em 2003, quando a taxa alcançou 77%, mas a violência letal com arma de fogo no Brasil atinge patamares comparáveis a poucos países da América Latina.

Em uma projeção sem a existência do estatuto, o estudo afirma que os homicídios seriam uma tragédia social ainda pior. A comparação mostra que, caso o estatuto não tivesse sido sancionado em 2003, em média, entre 2011 e 2013, seria de pelo menos77.889 homicídios no Brasil, ou 41% a mais de homicídios, em relação ao observado na pesquisa. É uma conclusão semelhante à já feita por outro estudo, o Mapa da Violência.

Por Estado, as mortes por arma de fogo no Brasil acontecem mais nos Estados das regiões Norte e Nordeste – o que seria agravado, caso não existisse o Estatuto do Desarmamento. O Atlas da Violência mostra que o total de mortes nessas regiões teria sido de 7.224 (Norte) e 29.757 (Nordeste).

Há ainda um trecho dedicado à letalidade policial, que aponta um quadro de subnotificação de ocorrência, comparando os dados colhidos pelo Atlas junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os números apresentados pelo mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Enquanto o primeiro mostra apenas 681 mortes por intervenções policiais, o Anuário, utilizando dados coletados diretamente dos estados pela Lei de Acesso à Informação, apresenta 3.009 mortes decorrentes de intervenção policial – 2.669 delas causadas por policiais em serviço –, ou seja, há uma diferença de 1.988 mortes, sem considerar a subnotificação também existente nos registros dos Estados.

Os três Estados nos quais a polícia mais mata, de acordo com o Atlas são Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. No SIM, os números são, respectivamente, 245, 225 e 97 registros de mortes por intervenção policial. Já pelo Anuário, os dados saltam para 584, 965 e 278, respectivamente.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Estudar na Europa, Espanha



Espanha oferece bolsas de estudo para mestrado em videogames

 Como projeto final, os alunos deverão criar, desenhar e programar um jogo que poderá ser comercializado. Inscrições vão até 6 de março. Saiba mais!

Entre as mais de 600 bolsas de estudo oferecidas pela Fundação Carolina para cursos na Espanha, uma vai chamar a atenção de muitos geeks por aí: é o mestrado em programação de videogames da U-tad, em Madrid, que está com as inscrições abertas até o dia 6 de março.

No programa, com duração de um ano, os estudantes aprenderão a criar, desenhar e programar um videogame que poderá ser comercializado ao final do curso. Para isto, os últimos três meses serão realizados dentro de uma empresa aceleradora.

Em paralelo ao mestrado, o estudante também terá acesso a um programa de empreendimento digital, promovido pelo Centro de Empreendimento Digital da U-Tad. A ideia é que o aluno também se prepare para converter sua nova ideia em um negócio rentável.

Podem se candidatar jovens com formação em arquitetura, engenharia, matemática ou física. A bolsa concedida é parcial, e cobre custos de viagem, seguro de saúde, 100% da matrícula no programa de Empreendimento Digital e  50% da matrícula para o Mestrado. Cabe, ao estudante, arcar com a outra metade: um investimento total de 6.325 euros. Saiba mais no site da Fundação Carolina

Outras bolsas da Fundação Carolina – A Fundação Carolina está oferecendo, no total, 607 bolsas de estudo para o ano letivo 2016-2017. São 50 bolsas de estudos para cursos de verão, 349 para pós-graduação, 140 de curta duração para doutorado e pós-doutorado, 34 para projetos de estudos institucionais, 29 para professores brasileiros e 5 para projetos em empreendedorismo.

Fundada em 2000 para promover trocas educacionais entre a Espanha, países Ibero-americanos e outros que tenham laços históricos, culturais ou geográficos com o país, a Fundação Carolina conta hoje com 110 instituições conveniadas e aceita bolsistas de todas as áreas do conhecimento.


sábado, 12 de março de 2016

Dinheirama bem destinado



Salário-educação projeta repasse de R$ 11,8 bi a Estados e municípios em 2016
Educação básica
No total, as redes estaduais e distrital devem receber R$ 5,35 bilhões e as municipais, R$ 6,47 bilhões - publicado: 11/02/2016 16h48 última modificação: 12/02/2016 19h16 


 Divulgação/MDS


Salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) projeta o repasse de R$ 11,83 bilhões para a quota de Estados e municípios do salário-educação de 2016. Trata-se de um aumento de 3,3% em relação ao valor transferido em 2015 (R$ 11,45 bilhões). No total, as redes estaduais e distrital devem receber R$ 5,35 bilhões e as municipais, R$ 6,47 bilhões. A estimativa foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (11).

O salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino. A contribuição social é recolhida de todas as empresas e entidades vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social. A alíquota é de 2,5% sobre a folha de pagamento.

Após a arrecadação, feita pela Receita Federal, o FNDE reparte os recursos em 90% para quotas estadual/municipal (2/3) e quota federal (1/3); e 10% para serem utilizados pela autarquia em ações e programas voltados à educação básica.

Distribuída com base no número de matrículas no ensino básico, a quota estadual/municipal é depositada mensalmente nas contas correntes das secretarias de educação. Já a quota federal é destinada ao FNDE, para reforçar o financiamento da educação básica, com o intuito de reduzir os desníveis socioeducacionais entre municípios e estados.
Fonte: Portal Brasil, com informações do FNDE
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Estados e municípios recebem R$ 941 milhões do salário-educação
FNDE
Distribuída com base no número de matrículas no ensino básico, a quota estadual/municipal é depositada mensalmente nas contas correntes das secretarias de educação - por Portal Brasil publicado: 11/03/2016 14h30 última modificação: 11/03/2016 13h07 




 Geyson Magno/MEC
O salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino

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Os recursos referentes à parcela de fevereiro do salário-educação estão disponíveis nas contas correntes de municípios, estados e do Distrito Federal a partir desta sexta-feira (11). Responsável por repassar os valores, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferiu R$ 941,3 milhões aos entes federativos na última quarta-feira (9).

Foram repassados R$ 514,3 milhões às redes municipais e R$ 427 milhões às redes estaduais e distrital. O repasse feito a cada ente federativo pode ser conferido na internet, no portal do FNDE.

Ao lado do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o salário-educação é uma das principais fontes de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino. Trata-se de uma contribuição social recolhida de todas as empresas e entidades vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social. A alíquota é de 2,5% sobre a folha de pagamento.

Após a arrecadação, feita pela Receita Federal, cabe ao FNDE repartir os recursos, sendo 90% em quotas estadual/municipal (2/3) e quota federal (1/3), e 10% para serem utilizados pela autarquia em programas e ações voltados à educação básica.

Distribuída com base no número de matrículas no ensino básico, a quota estadual/municipal é depositada mensalmente nas contas correntes das secretarias de educação. Já a quota federal é destinada ao FNDE, para reforçar o financiamento da educação básica, com o intuito de reduzir os desníveis socioeducacionais entre municípios e Estados.

Fonte: Portal Brasil com informações do FNDE
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