quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Vamos fazer negócio?

Como Montar Uma Distribuidora de Água Mineral
·         




·         
O consumo de água é indispensável para o ser humano, por isso montar uma distribuidora de água mineral é uma opção de negócio bem rentável.

Confira o passo a passo de como montar uma distribuidora de água mineral e o custo deste negócio. A água mineral é um dos produtos mais vendidos hoje em dia no mercado. Mesmo com água encanada na maioria das casas, o produto ainda é extremamente consumido tanto pela baixa qualidade do líquido que chega às torneiras como pela preferência do consumidor. Ele é incluído no orçamento como item básico e por isso, pode ser tratado como um produto do segmento de alimentação. Todos os negócios bem elaborados e voltados para o ramo de alimentação são extremamente lucrativos. Veja mais.
Este tipo de empreendimento não obedece a modismos, mas tem períodos de alta, que são nas estações mais quentes. Porém, possui como margem de lucro mensal uma constante, uma vez que é considerado básico entre os seus consumidores e figura na lista de compras. Mas vale informar que há locais que vendem mais que os demais, por isso é importante saber quem é o seu público-alvo.
Público-Alvo de Distribuidora de Água Mineral
É preciso entender que, apesar de ser um item básico de compra, ter água mineral em casa é luxo e a maioria das famílias que aderem ao item estão localizadas de acordo com  seu poder aquisitivo da classe média baixa em diante. Mas há ainda os consumidores que optam por comprar água mineral em galões para colocar em bebedouros. Por isso, a clientela é mais ampla: empresa, escritórios, edifícios empresariais, comerciantes, restaurantes, entre outros.
Leia também nosso artigo sobre como montar um restaurante.
Localização Ideal Para Montar Uma Distribuidora de Água Mineral
Em teoria, qualquer local pode ser um bom ponto para montar uma distribuidora de água mineral. Isso quer dizer, que tanto bairros residenciais como comerciais podem oferecer um bom lucro mensal para um negócio deste ramo, desde que tenha uma boa cartela de clientes, o que acontece apenas com o tempo.
DICA IMPORTANTE!

Independente do tipo de negócio que você deseja montar é muito importante fazer um planejamento. Estude em livroscontrate uma consultoria, use o 
Kit Como Abrir Um Negócio, enfim, escolha a opção que mais lhe agrada, apenas NÃO ARRISQUE suas economias em um chute!

A dica é sempre analisar os possíveis compradores e a concorrência antes de optar por alugar ou comprar um espaço, que não precisa ser muito grande. Deve-se levar em conta também o transporte para entrega e possíveis compradores com carros. Por isso, certifique-se que tenha pontos para estacionamento próximo ou ruas que possam ser usadas para tal. Em bairros residenciais, apenas observe o ambiente e a localização mais central possível, para alcançar o maior número de ruas e ter um serviço rápido, além de facilitar para os entregadores.
A concorrência deve ser levada em consideração antes de escolher o ponto comercial para abrir o novo negócio. São seus concorrentes supermercados, donos de padaria e outras distribuidoras de água mineral. Deve-se tomar cuidado com a concorrência e não ignorá-la, principalmente em bairros residenciais que já tenham bastante distribuidoras, pois a venda também é baseada na confiança e os outros já podem ter conquistado seus clientes. Mas nada que bons preços e uma boa prestação de serviço não resolvam. Veja mais.
Investimento Inicial Para Montar Uma Distribuidora de Água Mineral
O valor a ser investido inicialmente varia conforme o porte da distribuidora. Se for um com mais de mil galões de água, podemos classificá-la de grande porte e seu investimento inicial pode passar dos R$ 10 mil. Para distribuidoras de bairro, não é preciso gastar mais de R$ 5 mil com garrafões, água, funcionários para entrega e aluguel do espaço. Neste valor está incluído ainda o item publicidade, que é um dos pontos mais importantes e que jamais devem ser esquecidos em um novo empreendimento.
Funcionários e Gasto Mensal de Uma distribuidora de Água Mineral
A maioria dos funcionários de uma distribuidora de água mineral está relacionada com a prestação de serviços, ou seja, entrega do produto. É preciso apenas um funcionário interno voltado para o administrativo, que seria para receber os pedidos e encaminhar, mas é fato que distribuidoras vendem pouco no estabelecimento e muito mais com serviço de entrega. A média é ter dois entregadores por turno, pois o trabalho é braçal e exige bastante do funcionário. Na soma, seriam quatro funcionários para entrega e um administrativo, trabalho que pode ser feito pelo próprio dono.
Para uma distribuidora de grande porte, é preciso ter o dobro de funcionários para cobrir todos os turnos. Os demais gastos são com água, luz e telefone que é importantíssimo para que os clientes possam fazer os pedidos. Se for optar por um empreendimento de grande porte, não se esqueça de solicitar o serviço de cartão de crédito, que exige uma taxa mensal para receber o dinheiro.
Divulgação de Uma Distribuidora de Água Mineral
O segredo para angariar clientes neste setor de negócio é, sem sombra de dúvidas, a divulgação. Para isso basta apenas a confecção de um panfleto e um telefone para receber chamados. A estrutura não exige muito para a montagem, então é possível reservar uma verba não gasta para investir em publicidade. O ideal é que se tenha um ambiente organizado e sistematizado para entrega dos produtos, caso contrário a divulgação terá efeito contrário e será lembrada como a pior distribuidora da localidade. É preciso, sobretudo, organização para poder fazer a publicidade valer a pena.

Uma dica importante para quem está pensando em montar uma  distribuidora de água mineral é quanto à contratação de funcionários. Se for oferecer o serviço de entrega, lembre-se de escolher com cuidado os entregadores, pois eles irão entrar em contato com a casa dos clientes e esta relação exige confiança e responsabilidade. Treine-os bem para fazer a entrega e faça com que atendam todos os clientes de forma igual, com educação e respeito. Lembre também de ter cuidado com a sua relação de confiança como chefe com os entregadores, pois são eles que irão receber o produto e efetuar o contato principal no pagamento, o que pode haver problemas tanto por parte do cliente como por parte do entregador. Leia mais.

domingo, 7 de agosto de 2016

A renda cidadã: Leonardo Boff tem razão



A renda cidadã: uma saída viável da crise mundial



Date: 29/07/2016
Pelo fato de alguém ser humano, tem direito a uma renda cidadã que lhe garanta uma vida digna, embora frugal. Artigo de Leonardo Boff.
Por Leonardo Boff, da Carta Capital 



A crise economico-financeira de 2007-2008 estremeceu os fundamentos da economia capitalista (este é seu modo de produção) e o neoliberalismo (este é sua expressão política). A tese básica era dar primazia ao mercado, à livre iniciativa, à acumulação privada, a lógica da competição em detrimento da lógica da cooperação e  a um Estado mínimo. O lema em Wall Street de Nova York era: greed is good, traduzindo, a cobiça é boa. Quem olha numa perspectiva minimanente ética já podia saber que um sistema montado sobre um vício (cobiça) e não sobre uma virtude (bem comum), jamais poderia dar certo. Um dia irria implodir.

A implosão começou com a falência de um dos maiores bancos norte-americanos, o Lehman Brothers, levando todo o sistema bancário e financeiro numa incomensurável crise. Em poucos dias pulverizaram-se trilhões de dólares. Parecia o fim deste tipo de mundo. Oxalá fosse.

Curiosamente, os que desprezavam o Estado, reduzindo-o ao mínimo, tiveram que recorrer a ele, de joelhos e mãos juntas. Os bancos centrais dos Estados tiveram que despejar trilhões de dólares para salvar as instituições financeiras falidas. A máquina de fazer dinheiro rodava em máxima velocidade, dia e noite.

Houve como consequência da crise, até hoje ainda não superada, também entre nós,  a quebra de milhares de empresas e até de países como a Grécia com altíssimo grau de desemprego. Destruiram-se fortunas mas mais que tudo se criou um mar de sofrimento humano, suicídios e até de fome no mundo inteiro. Dados recentes referem que nos USA uma sobre sete pessoas passa fome. Imaginemos o resto do mundo.

Ninguém seguiu a sábia sentença atribuída a Einstein: “o pensamento que criou a crise não pode ser o mesmo que nos vai tirar da crise”. Temos que pensar e agir diferente. Foi exatamente o que não se fez. Piamente se acredita ainda que este sistema continua bom e válido, a despeito da devastação ecológica que produz, pondo em risco as bases que sustentam a vida. Ele é bom e válido para os especuladores que  estão acumulando uma riqueza absurda. Nos USA o 1% dos mais opulentos acumula rendas equivalentes àquela de 90% dos demais norte-americanos.

A despeito de todas as reuniões dos G-8 e G-20 para buscar alternativas, a política ecocômico-financeira continua a mesma: fazer mais do mesmo. Isso está desestruturando os países e poderá levar à uma revolta popular mundial com consequências funestas.

Duas estratégias foram usadas. A primeira foi a injeção de trilhões de dólares por parte dos Estados para impedir a falência total do sistema. Alem dos trilhões de moeda física lançada  no mercado, criou-se um ocmplemento chamado quantitative easing. Na definição que me parece correta da Wikipedia:“é a flexibilização quantitative que quer dizer, a criação de quantidades significativas de dinheiro novo (geralmente electronicamente) por um banco, autorizado pelo Banco Central dentro de determinadas condições”.

Ocorre que este dinheiro novo, ao invés de ser investido na produção e na criação de empregos, foi jogado na corrente especulativa das finanças mundiais. Aqui se ganha muito mais, imediatamente, do que no investimento produtivo que demora muito mais tempo. Desta forma os ganhos vão para os já bilionários, sem solucionar a crise, ao contrario, agravando-a.

O outro expediente foram as políticas de ajustes, vindo sob o nome de austeridade. Para garantir os ganhos dos capitais, organizou-se um ataque sistemático aos direitos sociais, aos serviços públicos de saúde e de educação, ao sistema da providência e às aposentadorias. Isso se inaugurou primeiro na zona do euro e agora na mesma lógica no Brasil. Fragilizou-se a já frágil democracia e a diminuição do gasto publico está provocando recessão  e desemprego.

Se tivesse havido pensamento e um mínimo de senso humanitário, uma possível saída poderia ser, aquilo que incansavelmente, vem propondo há muitos anos, o ex-senador Eduardo Matarazzo Suplicy: a renda minima cidadã. Pelo fato de alguém ser humano, tem direito a uma renda cidadã que lhe garanta uma vida digna, embora frugal. Diz um estudioso Antonio Martins:”Um cálculo do site Swiss Info, ainda em 2009, mostrou que só nos primeiros meses de socorro aos bancos, os Estados gastaram 10 trilhões de dólares; seria suficiente para pagar a cada habitante do planeta US 1422, aproximadamente R$ 4,5 mil”(cf. site Outras Palavras de 14;07/16). Seria o “quantitative easing for People” proposto pele líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn. Esse dinheiro circularia no consumo, nos benefícios públicos e superaria o grave padecimento humano pelo desemprego e pela fome. Esta seria uma solução viável, mais ética e mais  humana . Ela pode ser ainda realizada. Quem sabe, com o agravamento da crise mundial, não sejamos obrigados a esta solução verdadeiramente salvadora.

Leonardo Boff é teólogo, filósofo, articulista do JB on line.