PRODUTIVIDADE
E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Há
muito tempo nosso pais despertou para a
necessidade de investir na educação profissional. Mas ainda cometemos sérios e
danosos erros na sua implementação.
De
que eu estou falando? Do racismo institucional que segrega e nega educação
profissional a 52% da população e mais de 60% da mão de obra disponível – os não
brancos. Olhem para as fotos de fábrica, para os ônibus de empresa.
A
maior rede de educação profissional do Brasil chama-se cinco S – dentre eles o
SENAI, uma das entidades mais seletivas e racistas do Brasil. É fácil contestar
o que estou falando. De uma olhada nas salas de aula, nas salas dos professores
e verão se tenho razão. Aqui me Parauapebas, além do aluno pagar pelos cursos, nas provas de
seleção eles tiram todos que não convém.
Persistem os brancos, geralmente classe média que não vão pegar no batente.
Os
realmente necessitados metem a mão no próprio bolso e pagam por cursos e
treinamentos que os acolhem.
Insistir
em dar formação profissional apenas para quem tem 2 grau é uma bobagem. Devem-se
fornecer os dois se possível, nunca excluir quem não o tem.
O
Brasil esta perdendo oportunidades para a China e outros países que mantém uma
constante e séria política de formação de toda sua mão de obra disponível.
Agora
mesmo, os navios sonda que seriam feitos no Brasil estão retornando aos
estaleiros chineses. Motivo: a baixa qualificação e produtividade da mão de
obra de brasileiros. Não demos conta de fazer no prazo os navios para a estatal
e racista PETROBRAS.
É
algo serio o que estou dizendo. A produtividade é baixa porque o peão brasileiro
tem direitos demais e obrigações de menos. Não produzem o devido, na maioria
das vezes com o fito de estender mais o tempo da obra e assim garantir seu
emprego. É um país perverso, terrível demais.
Precisamos
mudar as relações no Brasil. Precisamos enfrentar como grande divisor dos
nossos problemas o racismo e o preconceito entranhado na cultura brasileira. Ao
alijar os não brancos do processo, favorece-se a quase inanição de pessoas que não
querem fazer este ou aquele trabalho.
Ou
que na maioria das vezes não tem as ferramentas ou mesmo a necessidade. Conheço
peões com 5ª serie e que são instrumentistas. Graças a documentos e “quem
indica”, eles galgam postos e se impõe. Azar da produtividade e do Brasil.
Nós
da EXCLUSIVA acreditamos na capacitação profissional e humana. Os homens não são
iguais e ensejam tratamento humano. Há muitas diferenças que precisam ser
abordadas e as chances devem ser oferecidas a todos, sem discriminação.
É
para o estado brasileiro e suas instituições
pensarem.