sábado, 26 de dezembro de 2015

Aprenda ingles, se quiser viver num mundo globalizado

Dicas e sites para melhorar o inglês


Tecnologia facilitou muito o aprendizado de idiomas. Agora, não há desculpas. Confira seleção de páginas que disponibilizam exercícios, palestras e cursos





A falta de domínio do inglês, sabemos, ainda é um entrave para muitos brasileiros que desejam estudar fora — seja para fazer graduação, pós ou cursos de especialização. Se este é o seu caso, você está no lugar certo. Mas, se espera encontrar alguma receita milagrosa para aprender o idioma, é melhor interromper a leitura aqui para não se decepcionar.

“Infelizmente, não existe mágica e manter-se motivado para aprender outro idioma é algo muito difícil”, afirma Vinicius Teixeira, que trabalhou como professor de inglês no Brasil e hoje cursa o mestrado na Universidade Concordia, em Montreal, Canadá. Difícil, mas não impossível:  Vinicius mesmo é um exemplo, já que, além de ser fluente no inglês, fala espanhol e francês.
 Tente ver, ouvir e ler coisas que gosta no idioma que está estudando

“Sei bem o quanto pode ser frustrante adquirir fluência em outra língua. Por isso, o meu conselho é direto: tente ver, ouvir e ler coisas que gosta no idioma que está estudando”, orienta. Veja a seguir algumas dicas para melhorar o inglês antes de partir:

Filme e séries

Assistir a filmes é sempre uma ótima maneira de treinar idiomas. Além de melhorarem o listening, ampliam o vocabulário. “Quem está em um nível intermediário, pode começar assistindo a filmes com legendas em inglês e depois tentar tirá-las”, afirma Ana Virginia, da Virginia Center School, que é especializada na preparação de alunos para o Test of English as a Foreign Language (TOEFL).

Ainda mais eficientes que os filmes — e na maioria das vezes mais divertidos — são os seriados. “Como envolvem sempre o mesmo contexto e pessoas, fica mais fácil do aluno aprender”, considera.

Livros

Livros também são boas ferramentas de estudo. Aqui, a dica de Ana Virginia é optar por um mesmo autor para se familiarizar com o estilo textual e o vocabulário adotados por ele. Assim, o aprendizado deve fluir mais facilmente.

Palestras e cursos

A  tecnologia facilitou absurdamente o aprendizado de idiomas. Na rede, sobram sites destinados a este fim. O Estudar Fora, com o auxilio de Vinicius e Ana Virginia, selecionou alguns para você:

Página do Consulado Britânico
Reúne milhares de vídeos e exercícios divididos nas seguintes seções: Listen & Watch, Grammar & Vocabulary, Fun & Games, Business & Work e Writting. Traz também uma página com orientações para quem vai prestar o International English Language Testing System (IELTS)Acesse aqui 

Página da BBC

O site da emissora britânica também é farto de informações para os interessados em aprender inglês: há vídeos, podcasts e textos que ajudam a treinar gramática, vocabulário e pronúncia. Acesse aqui

The Open University

A The Open University — universidade de ensino a distância, fundada e mantida pelo governo do Reino Unido — disponibiliza cursos de inglês online e gratuitos, além de palestras de temas das áreas de ciências exatas, naturais e sociais, artes, psicologia e direito. É a oportunidade de treinar o idioma e ao mesmo tempo aprender mais sobre sua disciplina de interesse. Acesse aqui

Coursera

Oferece mais de 400 cursos online (alguns dão a possibilidade de obter certificado) de instituições de ensino como Stanford, Princeton, Duke e Northwestern, entre outras. Acesse aqui 

edX
Similar ao Coursera, a edX é uma organização sem fins lucrativos criada por Harvard e MIT, que disponibiliza cursos online gratuitos das duas instituições, além de outras universidades de ponta, como Berkeley e Georgetown. Acesse aqui

TED
Outra sugestão para aperfeiçoar o inglês é assistir às palestras do TED. Os temas são os mais variados possíveis: literatura, amor, produtividade, engenharia, energia, media e sustentabilidade, entre muitos outros. “Recomendo que quem vai realizar um curso específico fora (marketing digital, economia ou design, por exemplo) assista a palestras do assunto antes de ir. Assim, ao chegar à universidade, você já conhecerá alguns termos técnicos da área”, sugere Ana Virginia. Acesse aqui

Você Aprende Agora

Voltado a quem está começando a estudar inglês e tem pouca (ou nenhuma) familiaridade com o idioma, o site disponibiliza aulas que ensinam como se apresentar, contar, pedir informações na rua e comida em um restaurante. O projeto é de Felipe Adib, um dos vencedores do Prêmio Jovens Inspiradores  2012, promovido por VEJA.com e a Fundação Estudar. Acesse aqui

English as a Second Language

Para quem quer treinar listening, outra sugestão é o site eslpod.com, que disponibiliza centenas de podcasts sobre os mais variados assuntos, desde como falar sobre pessoas atraentes até pedir demissão do trabalho ou ir ao zoológico. É possível assinar o serviço para receber os áudios diretamente no seu e-mail. Acesse aqui

Aplicativos e redes sociais

Os aplicativos não poderiam ficar de fora da lista. Com os smartphones, não desculpa: é possível estudar em qualquer tempo livre e de qualquer lugar. Acesse AQUI uma lista do Estudar Fora com cinco apps para praticar inglês pelo seu celular.
Por Lecticia Maggi


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Uma excelente experiencia que faz toda diferença

Graduação nos EUA: poucas provas e Thanksgiving na casa do professor


Brasileiro conta como é estudar nos EUA e fala sobre aulas e atividades extraclasse. "Passei o feriado de Ação de Graças com meu professor e sua família"
Por Pedro Girardi


Vou começar essa coluna contando um pouco sobre a rotina de provas finais aqui noCarleton College, nos EUA, onde estudo. Nessa semana, as aulas acabam na quarta-feira, quinta e sexta são reading days (dias para revisar a matéria e “descansar”), e as provas ocorrem sábado, domingo e segunda. As provas, entretanto, não têm um peso tão grande quanto as que eu tinha no Brasil. Aqui, as provas finais dificilmente valem mais de ⅓ da nota total, e algumas disciplinas nem tem esse tipo de avaliação. Um exemplo é Utopias, meu curso do departamento de filosofia, cujo projeto final foi um discurso.

Durante esta semana, fui nas office-hours (encontros fora do horário de aula) dos professores de Cálculo e de Microeconomia. Eu fiquei bastante espantado quando os dois me perguntaram a mesma coisa: “Como você está se sentindo, agora que o trimestre acabou?”. Na minha cabeça, aquilo não fazia muito sentido, porque o mais importante (provas finais) ainda estaria por vir. Eles, então, me explicaram que o aprendizado, a parte que realmente importa, já havia sido feito, e que agora era uma questão de “cumprir calendário”.

Tive uma surpresa muito boa: meu professor de cálculo me convidou para passar o feriado de Ação de Graças com ele. Eu e outros dois alunos passamos o dia na casa do professor com seus familiares e colegas
Esse pensamento tem tudo a ver com a filosofia deliberal arts, que defende a formação de cidadãos completos, com capacidade de relacionar diferentes matérias e trabalhar em vários campos. Portanto, o aprendizado é algo que requer muito mais do que doisreading days: aprender é ter domínio sobre o conteúdo, entender os conceitos e saber aplicá-los. Isso ficou ainda mais claro para mim após as minhas provas finais: em nenhuma delas eu seria beneficiado por decorar conceitos, acessar o Google ou o livro didático – as questões traziam problemas em contextos cujo raciocínio nenhuma máquina poderia trazer.

Eu gostaria de trazer também outras duas experiências muito legais que tive fora da sala de aula com os professores. Na aula de Microeconomia, o professor desafiou os alunos a usarem uma planilha de Excel para prever retorno de investimentos imobiliários em Minnesota. O meu grupo venceu, e o professor nos levou para uma hamburgueria tradicional da cidade, onde batemos papo sobre assuntos do cotidiano (e apreciamos a culinária americana).  Outro fato marcante dessas últimas semanas foi o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), que é um dos maiores feriados americanos e costuma reunir amigos, vizinhos e famílias. Tive uma surpresa muito boa: meu professor de cálculo me convidou para passar o feriado com ele. Eu e outros dois alunos passamos o dia na casa do professor com seus familiares e colegas. A experiência contou tanto com características tradicionais do Thanksgiving, como peru, batatas e tortas, quanto com particularidades, como jogos e problemas lógicos envolvendo matemática. Essas experiências são muito proveitosas para alunos e professores, que passam a se conhecer fora do ambiente acadêmico. Sou muito grato a Carleton por esse tipo de convivência, que é uma das partes mais interessantes de estudar aqui.

Sobre o autor
Pedro Girardi é aluno de graduação do Carleton College, nos Estados Unidos, onde pretende se formar economia e política. Durante o ensino médio, envolveu-se em diversos projetos nessas áreas, sendo seu preferido a participação em Simulações das Nações Unidas. Por meio de atividades extracurriculares, descobriu que adora lidar com pessoas e ajudá-las a desenvolver suas habilidades. Quer ser professor e pesquisador.

*Na foto, estudantes em frente ao Carleton College

sábado, 5 de dezembro de 2015

Impeachment, democracia e poder

Impeachment não é bom para o Brasil, diz The New York Times
Publicado por Adao Rocha - 2 dias atrás


"Ela, admiravelmente, não fez nenhum esforço para impedir ou influenciar as investigações", declarou o NYT sobre a relação da presidente Dilma com a Lava Jato
São Paulo - "O Brasil está em farrapos". É assim que começa o editorial publicado hoje pelo jornal The New York Times (NYT) sobre a situação econômica e Política do país.
O rebaixamento do rating do país pela Moody's, os escândalos da Lava Jato, a queda da popularidade da presidente Dilma Roussef e os protestos contra o governo são apontados pelo jornal como as causas da recessão brasileira.
"No meio de toda essa turbulência, é fácil perder as boas notícias", diz o jornal, salientando a força das instituições democráticas do Brasil.
O NYT ressalta como o Ministério Público Federal tem demostrado independência em relação a uma certa "cultura da imunidade", que benefica os mais poderosos da política e da elite dos negócios.
O jornal cita como exemplos as prisões dos ex-executivos da Petrobras, do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e até mesmo do almirante que cuidou do programa nuclear brasileiro, Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Em relação às investigações sobre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, o jornal lembra que, antes de alcançar a Presidência, Dilma foi ministra de Minas e Energia e, portanto, comandou a Petrobras durante sete anos.
"Ela, admiravelmente, não fez nenhum esforço para impedir ou influenciar as investigações", afirma o NYT sobre a relação da presidente com a Lava Jato. E ainda lembra como Dilma "tem consistentemente enfatizado que ninguém está acima da lei", reconduzindo Rodrigo Janot à Procuradoria Geral da República.
Como não há evidências de ações ilegais por parte da presidente, o jornal declara que, mesmo sendo "sem dúvidas, responsável por grande parte da má gestão que afundou a economia brasileira", não existem crimes que responsabilizem Dilma.
Segundo o jornal, um impeachment nessas circunstâncias causaria sérios danos a uma democracia que vem ganhando força há 30 anos. "E não há nada que dê a entender que qualquer outro líder irá fazer algum trabalho melhor com a economia", diz o editorial sobre os ajustes que o governo Dilma tem realizado.
O New York Times admite que os brasileiros estão passando por um momento delicado, mas aconselha: "as coisas tendem a piorar antes de melhorar". E adverte que a solução não virá se "minarmos" as instituições democráticas que ultimamente têm sido a garantia da estabilidade.
Fonte: Exame

Adm. Contratos - Formado em direito pela Universidade Padre Anchieta, Analista Tributário, fiscal, Coordenador Jurídico e Administrador de contratos.