segunda-feira, 2 de abril de 2018

Uma cidade em luto

MORTES NA BASE DO GOVERNO






Preocupante não apenas a violência em si, ela é geral num pais em guerra civil não declarada como o Brasil está vivendo. E essa guerra civil não declarada há tempos começou a questionar a estrutura de poder que a democracia de menos quarenta anos tem conseguido.

Da condenação de um ex-presidente popular, a nove anos de prisão – sem provas, respaldada em Segunda Instancia, ao assassinato de prefeitos, deputados, juízes, advogados e outros.

O número de assassinatos na esfera municipal já é um alerta em si. Primeiro, numa invasão ao Hospital Municipal e assassinato de um paciente na UTI, à luz da manhã, que era funcionário público da Prefeitura Municipal de Parauapebas. Depois o assassinato de uma moça na residência do Secretário Municipal de Cultura, apresentado versão de que era uma brincadeira com arma de fogo, num ambiente restrito é verdade, mas na casa de uma autoridade municipal, e agora essa notícia dolorosa e assustadora do assassinato da esposa do Secretário de Desenvolvimento.

Não estou apontando conexões ou algo parecido, me chama a atenção que antes esse grupo – o poder municipal, não era ameaçado, não temos muitos casos aqui na cidade de pessoas do círculo de poder, envolvidos em violência com morte.

As coisas estão mudando rapidamente e cada vez nosso ambiente é mais inseguro. O ambiente de uma nação que não consegue se encontrar e que parcela dessa nação, entende que é armando – e não o contrário, que se resolve todos os conflitos postos.

Lamentamos aqui a perda de pessoas, todas importantes para suas famílias e para seus grupos, todos fizeram ou estão fazendo falta. Precisamos de instituições firmes e seguras que realmente respaldem a paz social, a empregabilidade, a transparência e a garantia dos seus cidadãos. Ao longo da nossa história, desde o descobrimento até hoje, não conseguimos.