Investidores
planejam ferrovia e porto de R$ 16 bi no Pará
PAULO: Daqui
a quantos anos? Afeta nossa região? Propaganda eleitoral antecipada? Esperamos
este alento e tomara que se torne realidade. O Pará agradece. Vereadores, se
informem, penetrem nos debates, se esforcem por nossa cidade...
Marcos
Issa/Bloomberg News
Ferrovia: a ferrovia estadual deverá ser uma
concessão privada
Da REUTERS
São Paulo - Investidores
estrangeiros planejam a construção de uma ferrovia
de 1,2 mil quilômetros no Pará e de um grande porto no nordeste do
Estado para escoar minerais e produtos agrícolas, em uma obra de 16 bilhões de
reais, disseram nesta segunda-feira o governo estadual e a empresa responsável
pelo projeto.
A ferrovia estadual, que deverá
ser uma concessão privada, seguiria um traçado paralelo ao trecho norte nunca
finalizado da Ferrovia Norte-Sul, de concessão federal.
A Secretaria Estadual de
Desenvolvimento Econômico (Sedeme) concedeu à Pavan Engenharia, de São Paulo,
autorização para realizar estudos preparatórios que demonstrem a viabilidade da
ferrovia ligando sul e sudeste do Pará até o litoral nordeste do Estado,
segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.
A futura estrada de ferro, já
batizada de Fepasa, deverá ligar áreas de extração de minerais e de produção
agrícola a um porto a ser construído no município de Colares, ao norte de
Belém, passando pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Os investimentos privados
previstos para a ferrovia são de 8 bilhões de reais, mais 6 bilhões para o
porto e outros 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo
ao porto.
"Tem já investidores
chineses interessados, alemães, porque está todo mundo atrás de
infraestrutura", disse à Reuters Renato Pavan, diretor da Pavan
Engenharia, responsável pelos estudos e contato com investidores.
A região de Colares foi escolhida
porque tem calado natural profundo, permitindo a atracação de navios de grande
porte que atualmente não conseguem acessar terminais em Santos (SP) e Paranaguá
(PR), por exemplo.
"Quando a ferrovia paraense
estiver pronta, ela poderá se ligar à ferrovia Norte-Sul, como acontece no
Paraná, onde a ferrovia estadual se liga com a federal. Uma pode complementar a
outra", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Adnan Demachki, em
nota.
Segundo o governo do Estado, a
expectativa é que já no primeiro ano de funcionamento da ferrovia a demanda
será de quase 30 milhões de toneladas, principalmente minérios e grãos, com o
volume subindo para 48 milhões de toneladas anuais em cinco anos.
Segundo Pavan, uma das minas a
serem viabilizadas com a ferrovia, no município de Redenção, será capaz de
produzir 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com teor elevado
de ferro (67 por cento).
"A ferrovia viabilizaria a
exploração de minas de ferro, níquel e cobre no sul do Pará, que hoje não estão
sendo exploradas por falta de logística, como também viabilizaria, através de
ramais, as operações de outros empreendimentos, como é o caso da Votorantim
Metais, que possui projeto pronto para instalação em Rondon do Pará",
disse o secretário.
Após a conclusão dos estudos,
deverá ser aberta uma licitação pública para a concessão da ferrovia, segundo o
governo estadual.
Tópicos: Ferrovias,
Setor de transporte, Transportes,
Grãos,
Minérios, Pará
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