domingo, 22 de julho de 2018

Principios de contabilidade e controle


 AS CRISES DO TERCEIRO SETOR















As entidades do terceiro setor funcionam como qualquer outra atividade que envolve pessoas e dinheiro. Seus presidentes ou diretores deveriam se comportar de forma colegiada, mas na grande maioria das vezes – como conseguem tudo sozinhos, passam a gerenciar as entidades como algo seus – como o cotidiano do polo moveleiro e de tantos outros grupos da área social.

Lamentamos quando companheiros se voltam contra companheiros. No mercado comercial é assim mesmo, mas no terceiro setor, a solidariedade é a regra central e se torna terrível ver pessoas idôneas mentindo para justificar o assalto que fazem aos recursos de todos colocados à   disposição.

Conseguir tudo sozinho não justifica as mentiras. Fica claro que esse importante setor da economia precisa de regras claras e de investigação e punição aos que saem da linha.

Com os recursos orçamentários – as emendas parlamentares, colocadas à disposição para as entidades – até mesmo as entidades de fachadas, algumas foram contempladas até sem diretoria ou estatuto, fica patente outro perigo: a lavagem de dinheiro para a corrupção, num grau mais refinado de se usar mal recursos públicos.

Comenta-se que houve vereador que destinou milhões a uma entidade apenas, vimos caso de entidade contemplada com CNPJ suspenso pela receita federal.

Parauapebas é a capital nacional do terceiro setor. Os órgãos de controle devem e precisam acordar para essa realidade.

Comenta-se que há funcionários dentro da estrutura da prefeitura municipal orientando entidades para um certo escritório, um funcionário que analisa convênios do terceiro setor. Isso é grave e perigoso, porque apenas na diversidade e na livre concorrência é possível frear um pouco a ambição descabida de alguns.

Vivenciamos o caso de uma entidade que foram levantadas dificuldades para a realização de um convenio às pressas e que tudo foi resolvido por esse grupo de pessoas, deixando quem realmente trabalhou por anos com a entidade sem receber uma centavo por seus serviços, beneficiando um pequeno grupo de espertos. Desse jeito não há controle sobre essas entidades, se tudo poder ser resolvido assim, no conluio.

Parauapebas é a pátria dos grupos.

Mas o terceiro setor é algo sério e definitivo. Os governos devem e podem usar mais essa capilar forma de investir e obter resultados. Há bons e espetaculares feitos aqui mesmo. Seguimos em frente.