sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A procura por trabalho é a missão dos homens que ainda nao partiram.

BUSCAMOS
TRABALHO!

A busca por trabalho agita os trabalhadores de Parauapebas. Muitos comentam que nem uma diária é possível encontrar hoje. Paralisada a ainda capital do minério sofre com a automação da Mina de Carajás e o silencio covarde da VALE.









Sem qualquer obrigação com a cidade cujo nascimento foi razão direta de sua implantação a VALE MINERADORA, nada fez ou vai fazer para amenizar, senão fazer renascer o emprego em Parauapebas. A paralisia começou em pleno verão de 2012. Aos poucos a atividade em Carajás foi reduzindo para os peões. Eles começaram um movimento, depois silenciado pela ausência de sindicatos de verdade.

Sindicatos que nada fazem hoje, nem ressentidos estão com o fim da atividade mineral no municipio. Mas não é um fim de atividade, é o fim do emprego, porque a VALE continua com seus embarques milionários, agora utilizando nem um terço da força de trabalho anterior.

Os trabalhadores locais começaram a encontrar dificuldade em serem recontratados ainda em 2013. Suas despesas começaram a serem contidas, preocupações no horizonte. Ainda durante este ano houve contratações, agora mais esparçadas, sinais claros da crise que viria.

Com a mina de Carajás totalmente implantada, era natural esta redução. O problema foi a irresponsabilidade do planejamento da VALE. Se uma situação limite estava por vir, porque não se preparar para anemizar ou mesmo contê-la? Assim iniciou-se o êxodo de retorno em Parauapebas.

O exercito industrial de reserva  precisa se deslocar em direção ao S11D. Comentários insistentes recomendavam a ida para aquela praça. A VALE passou a investir mais no nome Canaã. Surgia uma nova esperança no horizonte. Mas estávamos escaldados com a promessa não cumprida de Ourilândia do Norte e seus problemas. Muitos resolveram não se arriscar.

Finalmente as contratações começaram para valer, grande parte do contingente de peões de Parauapebas foram ali morar, alojados. Corria comentários que o prefeito exigiu da VALE a não presença de peões dentro da cidade.

Apartir de setembro até hoje, é firme a transferência de pessoal para Canaã. Milhares mudaram para ali, milhares sumiram de Parauapebas, transformando-a numa praça de saudades.

Hoje a cidade é quase um deserto. Casas a venda, casas para aluguel, condomínios e prédios inteiros vazios.  Os trabalhadores quase que desapareceram da  paisagem urbana.

Atualmente trabalha somente os indicados. Não tem saída. Em Canaã a mesma pratica odiosa. Somente indicados. Hoje entendemos a queda de produtividade do trabalhador brasileiro. Muito desses indicados não tem as competências exigidas. É a única forma de se conseguir emprego aqui.

Passa o tempo a Parauapebas definha cada dia mais. Mergulhada numa crise politica sem precedentes a cidade perde oportunidade de enfrentar a VALE. A produção mineral não foi reduzida. O trem continua com suas partidas quase diárias.

Atualmente a loucura foi  tanta que uma linha férrea, contrariando tudo que ocorre hoje no mundo,  foi construída dentro  da planta urbana.

Com todo o transtorno causado. Com todas as consequências que uma linha férrea, cujo destino é apenas transportar minério, causa a uma cidade em expansão e desenvolvimento como Parauapebas.

O treinamento é cada vez mais assumido pelas empresas em crise. A VALE contrata nossos instrutores diretamente. Varias escolas profissionais fecharam suas portas. Se foram, sem mercado. Mas resistimos. Somos EXCLUSIVA. Somos on demand.

Estudamos alternativas a crise de emprego na cidade. Sonhamos com sindicatos por categoria e forte recuperação de influencia e salários na região. Almejamos a separação de Belém, numa região onde podemos tratar melhor nossos interesses e direitos.


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