BUSCAMOS
TRABALHO!
A
busca por trabalho agita os trabalhadores de Parauapebas. Muitos comentam que
nem uma diária é possível encontrar hoje. Paralisada a ainda capital do minério
sofre com a automação da Mina de Carajás e o silencio covarde da VALE.
Sem
qualquer obrigação com a cidade cujo nascimento foi razão direta de sua
implantação a VALE MINERADORA, nada fez ou vai fazer para amenizar, senão fazer
renascer o emprego em Parauapebas. A paralisia começou em pleno verão de 2012. Aos
poucos a atividade em Carajás foi reduzindo para os peões. Eles começaram um movimento,
depois silenciado pela ausência de sindicatos de verdade.
Sindicatos
que nada fazem hoje, nem ressentidos estão com o fim da atividade mineral no
municipio. Mas não é um fim de atividade, é o fim do emprego, porque a VALE
continua com seus embarques milionários, agora utilizando nem um terço da força
de trabalho anterior.
Os
trabalhadores locais começaram a encontrar dificuldade em serem recontratados
ainda em 2013. Suas despesas começaram a serem contidas, preocupações no horizonte.
Ainda durante este ano houve contratações, agora mais esparçadas, sinais claros
da crise que viria.
Com
a mina de Carajás totalmente implantada, era natural esta redução. O problema
foi a irresponsabilidade do planejamento da VALE. Se uma situação limite estava
por vir, porque não se preparar para anemizar ou mesmo contê-la? Assim iniciou-se
o êxodo de retorno em Parauapebas.
O
exercito industrial de reserva precisa
se deslocar em direção ao S11D. Comentários insistentes recomendavam a ida para
aquela praça. A VALE passou a investir mais no nome Canaã. Surgia uma nova esperança
no horizonte. Mas estávamos escaldados com a promessa não cumprida de Ourilândia
do Norte e seus problemas. Muitos resolveram não se arriscar.
Finalmente
as contratações começaram para valer, grande parte do contingente de peões de Parauapebas
foram ali morar, alojados. Corria comentários que o prefeito exigiu da VALE a não
presença de peões dentro da cidade.
Apartir
de setembro até hoje, é firme a transferência de pessoal para Canaã. Milhares mudaram
para ali, milhares sumiram de Parauapebas, transformando-a numa praça de saudades.
Hoje
a cidade é quase um deserto. Casas a venda, casas para aluguel, condomínios e prédios
inteiros vazios. Os trabalhadores quase
que desapareceram da paisagem urbana.
Atualmente
trabalha somente os indicados. Não tem saída. Em Canaã a mesma pratica odiosa. Somente
indicados. Hoje entendemos a queda de produtividade do trabalhador brasileiro. Muito
desses indicados não tem as competências exigidas. É a única forma de se conseguir
emprego aqui.
Passa
o tempo a Parauapebas definha cada dia mais. Mergulhada numa crise politica sem
precedentes a cidade perde oportunidade de enfrentar a VALE. A produção mineral
não foi reduzida. O trem continua com suas partidas quase diárias.
Atualmente
a loucura foi tanta que uma linha férrea,
contrariando tudo que ocorre hoje no mundo,
foi construída dentro da planta
urbana.
Com
todo o transtorno causado. Com todas as consequências que uma linha férrea,
cujo destino é apenas transportar minério, causa a uma cidade em expansão e
desenvolvimento como Parauapebas.
O
treinamento é cada vez mais assumido pelas empresas em crise. A VALE contrata
nossos instrutores diretamente. Varias escolas profissionais fecharam suas
portas. Se foram, sem mercado. Mas resistimos. Somos EXCLUSIVA. Somos on
demand.
Estudamos
alternativas a crise de emprego na cidade. Sonhamos com sindicatos por
categoria e forte recuperação de influencia e salários na região. Almejamos a
separação de Belém, numa região onde podemos tratar melhor nossos interesses e
direitos.
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