UMA CIDADE A PROCURA DO SEU CAMINHO
Ou
porque promessas sem base de dados e inteligência são apenas meras promessas.
Ou ainda como o governo Darci encampa e representa estagnação e retrocesso...
Exclusiva: Qual
o projeto de desenvolvimento de
Parauapebas? Qual o projeto geral de implementação de melhorias e novas
oportunidades nesse momento em que se dobra o volume mensal de repasses do CFEM
e a Prefeitura ganha ação de 1 bilhão de reais ou 300 milhões de dólares da VALE
a serem entregues no próximo exercício fiscal? O
que o Planejamento, o Desenvolvimento e Saúde, para não citar outros atores
fazem e estruturam nesse momento para a recepção dessa expressiva cota de
recursos em seus cofres? O que a sociedade ou os grandes pensadores da cidade estão
fazendo para participar dos debates e proposições ou o que a OAB e demais
grupos sabem ou onde buscam dados para criticar\melhorar\dar transparência?
Custeio de uma máquina que não funciona, não entrega nada ou investimento e
renovação? O que os vereadores, as massas e o executivo estão planejando fazer
com esse volume inusitado de recursos?
Estou
definitivamente encantado com este puta trabalho: DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E
AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS (PA), realizado pelo governo Darci ainda
em 2012. São passados cinco anos mas a metodologia, a abordagem e a disposição
dos autores num mergulho de alto nível sobre a realidade local surpreende
justamente porque em 2016 estivemos numa reunião no CDL com outros consultores e
concordamos que precisávamos de dados locais, dados gerais não retratam a
trajetória dinâmica (retratava) de Parauapebas. Nestes estudo dados
amadurecidos servem de base para mergulho numa realidade de planejamento e
visão de médio e longo prazos e fornecem elementos definitivos para a
compreensão sociocultural e psicossocial da cidade. Precisamos trabalhar mais
se quisermos uma nova realidade. Percebi ali o porquê de não termos liderança
ou lideranças que nos guie e porque Paragominas vira uma referência num papel
que naturalmente seria nosso: os grupelhos local, as relações pessoais restritas
e punitivas, a falta de visão e de compreensão da própria realidade que se
abateu sobre nós desde 2013 e piorou nos últimos anos sob a total ilegalidade
de Valmir e sobre os últimos anos totalmente perdidos de Darci. Ou porque os
elegemos e suportamos tanto. E o pior, porque é tão difícil sair dos quadrados
protetores. Mas é um alento, há pensamento. Eleições 2020 batem à porta.
Atenção,
o que se segue não é de minha autoria. São partes finais do estudo citado e
para o qual disponibilizarei o link no final da postagem. É justamente o que
estamos tentando fazer agora, implementar essa visão de transformação possível
em Parauapebas e queremos ser ouvidos. Entendemos que o ecossistema Parauapebas
Compra Aqui e Parauapebas Contrata Aqui sejam demarcadores.
“...A
CAE aparece como o mais forte eixo necessário ao Desenvolvimento Local, porém
seu vigor é momentâneo e requer o máximo de oportunismo social, institucional e
territorial. A perda do limite temporal colocado pode comprometer em definitivo
qualquer projeto de Desenvolvimento. Vale observar quanto aos indicadores de
Parauapebas referente a esse eixo que todos são bastante favoráveis, porém são
fotografias de um momento muito favorável para a economia extrativista mineral
que, como já analisado apresenta limites cíclicos. O grau de oportunismo
necessário ao aproveitamento desta “janela de desenvolvimento” deve estimular
os principais agentes à tomada de quatro ações imediatas: a) o estabelecimento
do “Fórum Local de Desenvolvimento”; b) políticas de incentivos para setores
industriais direcionados; c) a Agência de Desenvolvimento e Emprego; d)
política de estímulo à polarização comercial e de serviços. ii) A CAT, o eixo de articulação territorial
manifesta o poder que determinada localidade dispõe de servir como ponto de
alavancagem para toda a região do seu entorno, fator importante é que não há
como pensar a sustentabilidade do crescimento econômico e a expansão de novas
bases produtivas se não for a partir da interação territorial ampla. Assim,
Parauapebas pode ser o centro de comercialização e processamento industrial
para diversos municípios agroprodutores, aproveitando a maior disponibilidade
de terras e de usos agrícolas e pecuários dos municípios vizinhos, integrado ao
seu maior mercado e polarização econômica; os indicadores gravitacionais
apontam que entre todos os municípios mineradores, Parauapebas é o que
isoladamente exerce maior influência considerando os dois principais índices de
gravitação.
iii) A capacidade de articulação social converge importantes elementos da
cultura e da vida social local, a educação por si só não é fator que altere
o padrão de desenvolvimento, somente sendo um dos componentes que possibilita o
salto de qualidade que se quer. Parauapebas demonstra expressiva evolução nesse
eixo, porém a contínua melhora desses indicadores deve ser reforçada pela
construção de uma cultura local de
desenvolvimento, sendo que o planejamento de um cronograma de
atividades a serem debatidas com a sociedade nas diversas instâncias
organizacionais, de movimentos sociais e institucionais compreende tarefa
necessária. iv) Por último, a
capacidade de articulação institucional, constituindo variado conjunto de
instituições que devem ser
articuladas para funcionar enquanto uma rede pelo e para o desenvolvimento
local, tendo diversos nós não somente vinculados ao poder público, mas, e
principalmente, organizações da sociedade civil, desde as formas empresariais e
de organização de produtores (grifo nosso), até as instituições
vinculadas a ciência e tecnologia. A presença de atores de grande peso institucional como Companhia Vale e a Prefeitura de
Parauapebas tem que interagir com atores menores, o que somente se fará
possível mediante o estabelecimento de fóruns de convergência, buscando pontos
em comum e atuando com vistas ao futuro...”
O estudo é de 2012. O dinamismo de Parauapebas retrata os
aportes pós estudo como grandes lojas, empreendimentos e diversos outros não previstos...
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