Governo do Pará proíbe embarcações com passageiros do Amazonas
O anúncio vem no momento em que o número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% em um mês em meio à explosão do número de infectados pelo coronavírus no Amazonas
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), assinou decreto que proíbe embarcações com passageiros do Amazonas a entrarem no Estado a partir desta quinta-feira, 14. Em vídeo divulgado, o governador classificou a medida como preventiva e justificou como uma forma de proteger os cidadãos paraenses de um aumento do número de casos e hospitalizações.
"Queria informar que nós
estamos publicando um decreto estadual no dia de amanhã (hoje, quinta)
proibindo a circulação de embarcações com passageiros vindos do Amazonas. Essa
é uma medida preventiva, fundamental para que possamos evitar a ampliação do
contágio dentro do Estado do Pará e, consequentemente, os problemas de saúde em
face da pandemia do novo coronavírus", disse Barbalho.
Leia Também: Manaus tem escassez de oxigênio e novo recorde de
hospitalizações por Covid-19
De acordo com o governador,
haverá também monitoramento da Polícia Militar do Estado de embarcações e
aeronaves para que se possa cumprir a medida preventiva de restrição.
O anúncio vem no momento em que o
número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% em um mês em meio à explosão do
número de infectados pelo coronavírus no Amazonas. Por causa do aumento dos
casos de covid-19, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de
emergência em Manaus pelo período de 180 dias para conter o avanço da pandemia
na capital amazonense.
O Instituto Leônidas & Maria
Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) havia confirmado na terça-feira, 12, a identificação
de uma nova linhagem do vírus da covid-19 com origem no Amazonas. A nova cepa
brasileira é recente, provavelmente surgida entre dezembro de 2020 e janeiro de
2021.
Leia Também: Em um mês, número de sepultamentos triplica em Manaus
Denominada provisoriamente de
B.1.1.28 (K417N/E484K/N501Y), a variante do SARS-CoV-2 é a que foi identificada
recentemente pelo Japão em quatro viajantes (um homem e uma mulher adultos e
duas crianças) que retornaram da região amazônica brasileira em 2 de janeiro. O
pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca disse acreditar que a mutação não
seja a única responsável pela aceleração de casos do novo coronavírus no
Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário